Criar uma Loja Virtual Grátis
24. G. Vicco
24. G. Vicco

GIANBATTISTA VICO, filósofo da concepção de História

GIANBATTISTA VICO resgata algumas questões da existência humana, com suas conseqüências: a história e a arte – ambas enquanto campo do saber. Tal como Pascal, Vico criticou o exagero do racionalismo. Ele diz que quando Descartes fala que o pensamento é o critério para existência, “penso, logo êxito”, não está explicando nada. Só há uma constatação de uma evidência.

 

Para Gianbattista ciência é o que é possível de se fazer, criar ou refazer e recriar. É ter domínio sobre algo. O método cartesiano não servia para as ciências humanas porque ele era tautológico. Sua obra, “A Nova Ciência” é uma tentativa de resgatar a história e a arte, como campos de saberes. Segundo este autor, é preciso um estatuto de cientificidade para a história e, diz Vico, “só podemos ter certeza nos fatos”. Para este pensador, a história é a ciência do conjunto dos fatos humanos. Mas é preciso que o historiador seja cuidadoso a fim de evitar exageros e obedecer algumas regras, tais como, evitar as “vanglorias” e os “doutos” na interpretação dos fatos.

 

Trata-se de tendenciosidades que temos ao relatarmos um determinado fato. Às vezes nos deixamos seduzir pelo contexto e acabamos por vangloriar nações e pessoas. Gianbattista junta a filologia com a história. Ele também afirma que os fatos históricos só podem ser entendidos a partir da mentalidade da época, não podemos analisar os fatos passados com a mentalidade atual. Além disso, este autor também entende que a estrutura da linguagem representa a estrutura do pensamento de determinado povo.

 

Para ele a história possui rupturas. Ela não é linear e se divide em três períodos: a) dos deuses (mitologia, oralidade eram as características); b) dos heróis (o homem desenvolve a escrita e apresenta visão de mundo através da arte e da poesia); c) do homem (onde predomina a racionalidade). Os dois primeiros foram muito importantes porque possibilitaram o surgimento do ultimo. Quanto à estética, suas características principais são a alogicidade, fantasticidade e a capacidade imaginativa do intelecto humano.

 

A estética também tem como característica a infantilidade, no sentido de inocência e representa a mente não corrompida. Além disso, a estética é metafísica, no sentido de que ultrapassa os limites da física. Os dois agentes responsáveis pela história são Deus e os homens. O primeiro é responsável pela providência e pela estrutura cíclica, além da possibilidade de aprimoramento do conhecimento.