28. Indivíduo Pós Moderno
28. Indivíduo Pós Moderno

 

Concepção de indivíduo Pós-Moderno


Na pós-modernidade existe a multiplicidade de olhares e de tipos de pensamentos. Todos se dizem verdadeiros. O indivíduo pós-moderno adere ao pensamento romântico. Em meio à multiplicidade de olhares, as pessoas estão tentando buscar sua subjetividade, que pode ser egocêntrica ou não. Se ela é produzida de fora, através da interferência dos meios midiáticos capitalistas ou se é fruto da capacidade crítica – de qualquer modo, busca-se construir a subjetividade, entendida como a maneira de ser de cada uma das pessoas, ou como sugere Guatarri, da singularidade.

 

Neste processo de construção da subjetividade, percebe-se que as pessoas movidas pela consciência analógica são mais facilmente alienadas pelos meios de comunicação que estão, em todo tempo, passando ideologias capitalistas. Já o indivíduo é resultado da maneira de pensar do Oriente. Criaram-se novas maneiras de pensar o mundo e os valores. Tal como na concepção Ocidental, para o pensamento oriental também podemos constatar a presença de indivíduos que utilizam, na prática das diversas correntes do Budismo, o raciocino analógico e o analítico, ou a consciência simbólica e reflexiva – entendida como autoconsciência.

 

Tomemos como exemplo a questão da reencarnação no pensamento oriental. Há pessoas que se deixam levar pelos ensinamentos básicos ou superficiais do Budismo e, deste modo, não questionam muito o conteúdo doutrinal e, por essa razão, acabam sendo movidas pela consciência analógica. Mas, existem indivíduos que, ao ingressar em determinadas correntes do Budismo, têm a preocupação de entendê-lo de modo mais amplo, de internalizá-lo enquanto visão de mundo e acabam desenvolvendo uma consciência reflexiva da doutrina seguida. Uma questão importante é que, no pensamento Oriental, o conflito entre raciocino analógico e analítico é menos intenso do que no Ocidente.

 

Isso ocorre porque as correntes de pensamento Orientais prezam a questão da COMUNHÃO entre os seres do universo a partir de energias cósmicas, tais como o Carma – tema que abordaremos mais adiante. É por isso que a visão de mundo Oriental é mais mística do que filosófica: as pessoas então preocupadas em integrar suas ações aos princípios ou valores da religião. O pensamento oriental é outra maneira de perceber e sentir o mundo a partir do equilíbrio dos seres. Nele (no pensamento Oriental) existem muitas práticas para se alcançar o estado de COMUNHÃO, tais como a yoga, a meditação em posição corporal adequada etc. Outra constatação importante é que as religiões orientais pensam o indivíduo de modo mais complexo do que o Ocidente que, normalmente, apresentou o homem como um composto de corpo e alma. A maior parte das religiões orientais fala das energias universais que devem ser captadas através dos Chakras (espécie de centros onde é possível ocorrer à integração entre o homem e as energias cósmicas). Por isso a reencarnação traz consigo a idéia de que é preciso que os indivíduos (re)vivam outras vezes para desenvolverem novos níveis de consciência – até chegar ao estado de sabedoria, ou ao nível de consciência de Sidarta Gautama – o Buda.

 

De modo geral, a reencarnação é algo muito complexo, mas a idéia fundamental é que a vida não morre. Ela está no universo.Guattari desenvolve uma crítica à sociedade industrial capitalista, muitas vezes influenciado pelo marxismo. Todos sabemos que a superestrutura é um conjunto de instituições e estratégias que desenvolvem ideologias com o objetivo de JUSTIFICAR o modo de produção capitalista. Guattarir também considera a superestrutura como as instituições – mais precisamente midiáticas – que fabricam modelos de subjetividades. Essas instituições passam ideologias sedutoras que, muitas vezes, dificulta a possibilidade de se refletir criticamente. As pessoas, pensando possuírem subjetividade, acabam por não ter consciência de que o que elas imaginam ser sua subjetividade, na verdade, não passa de algo criado ou influenciado pelas máquinas produtoras do capitalismo. O autor também entende que a singularidade é uma busca cotidiana. Neste sentido, as pessoas buscam criatividade, inovações e assim construírem sua subjetividade.