37.Schleiermacher
37.Schleiermacher

 

Schleiermacher 

Falemos do idealismo religioso. Schleiermacher é o autor que busca entender a religião como essência. Segundo ele, se negamos a possibilidade de a religião não ser a essência, encontramo-la como filosofia (pensamento), ou uma tendência ao conhecimento e a explicação da realidade (natureza e universos em sua forma pura).


A religião pode ser vista como uma filosofia de vida. Dessa forma a religião também pode ser entendida como a ação moral, própria do humano e a base dessa conduta moral é a liberdade. Outra inspiração da religião é a VONTADE. Porém, Schleiermacher quer que a religião seja uma essência. Para ele a característica da religião é a intuição.


Ela possibilita intuir o universo em forma de sentimento. Isso é, para ele, a marca da Revelação. Mas esse sentimento só se revela no infinito (Deus). Qual o objetivo de tudo isso? Schleiermacher justifica a religião que outrora foi expulsa pelo Iluminismo do campo da racionalidade. É importante considerar que durante o Iluminismo, foi estabelecido que Deus não era mais requisito para se fundamentar a ação moral.


A razão humana é quem deve inspirar a ação moral do homem. Scheilermacher tenta resgatar o papel religioso. Esse pensamento é influenciado pelo protestantismo liberal alemão. Segundo essa visão, a religião cristã ela é a religião por excelência. Trata-se de um saudosismo religioso. Saudade do tempo em que a religião tinha um sentido significativo, como ocorrera no período Medieval.


A idéia é fazer uma interpretação romântica da religião, além de provocar um rompimento com as estruturas em nome de uma fé pura e extremamente elevada. Schleiermacher traz uma visão panteísta numa versão deísta-racional.